sábado, 11 de maio de 2013

Notícia sobre as Doenças Auto-Imunes

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/sal-e-doencas-autoimunes-uma-relacao-inesperada-1586991

Doenças Auto-Imunes

Definição:

Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca/destrói tecidos saudáveis do corpo por engano.

Causas:

Normalmente, os leucócitos do sistema imunológico ajudam a proteger o corpo contra substâncias nocivas, chamadas de antígenos.
Nos pacientes com doença autoimune, o sistema imunológico não consegue distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos. O resultado é uma resposta imunológica que destrói os tecidos normais do corpo.

Observação: A causa dessa incapacidade de distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos é desconhecida. Uma das teorias afirma que alguns micro-organismos (como as bactérias ou vírus) ou medicamentos podem desencadear essas mudanças, principalmente nas pessoas que têm genes que aumentam a probabilidade de ter doenças auto-imunes.

Consequências:

  •         Destruição de um ou mais tipos de tecidos do corpo
  •         Crescimento anormal de um órgão
  •         Alterações na função de um órgão
Órgãos afetados:

  •         Vasos sanguíneos
  •         Tecidos conjuntivos
  •         Glândulas endócrinas, como a tireoide e o pâncreas
  •         Articulações
  •         Músculos
  •         Glóbulos vermelhos
  •         Pele
Algumas doenças:

  • Esclerose Múltipla
  • Esclerodermia
  • Dermatite Atópica
  • Diabetes Mellitus
  • Lúpus
  • Psoríase
  • Vitiligo
  • Doença Celíaca

Vídeo sobre a Miastenia Grave


Miastenia grave

Definição

A miastenia grave  é uma doença neuromuscular, caracterizada pela dificuldade da passagem de impulsos nervosos que promove a contração do músculo. Esta doença causa fraqueza e fadiga. A primeira é causada por um defeito na transmissão dos impulsos nervosos para os músculos. Todavia, esta doença raramente é fatal, mas pode ameaçar a vida quando atinge os músculos da deglutição e da respiração.

Causas

A causa da miastenia gravis é um defeito no mecanismo da acetilcolina na junção neuromuscular, ou seja, o defeito está no contacto entre o nervo e o músculo. A causa pode ser a falta de uma proteína no nervo que não deixa liberar acetilcolina, ou um defeito na proteína do receptor da acetilcolina no músculo ou na enzima que retira o excesso desse neurotransmissor. Muitos casos estão associados à hiperplasia ou tumor do timo. Os músculos extraoculares são particularmente sensíveis às alterações da junção neuromuscular que ocorrem na miastenia gravis, as quais podem provocar oftalmoplegia e ptose palpebral, poupando a pupila e a acomodação.

Diagnóstico

As síndromes miasténicas congénitas são desordens incomuns, mas desafiantes, podendo ocasionar morte ao nascimento ou, em casos leves, não ser diagnosticadas até o paciente ser exposto a agentes bloqueadores neuromusculares. Casos de miastenia gravis congénita têm sido relatados desde 1949. O diagnóstico da miastenia gravis congénita baseia-se nas manifestações clínicas, teste do estímulo repetitivo, resposta à terapia anticolinesterásica e ausência de anticorpos contra o receptor de acetilcolina. Podem também ser utilizados testes farmacológicos, especialmente na caracterização da forma ocular.

Sintomas

Os sintomas manifestam-se tipicamente ao nascimento ou nos primeiros anos de vida constituem-se por :
  • Dificuldades na alimentação, sucção e deglutição;
  • Hipotonia;
  • Fraqueza muscular;
  • Ptose palpebral;
  • Oftalmoplegia externa;
  • Diminuição da expressão facial.
Em alguns casos, existe essa fraqueza extraocular na infância generalizadamente leve, a qual pode desenvolver- se logo na infância ou com o passar do tempo, anos mais tarde. Embora todos os seus desencadeantes ainda não sejam conhecidos, sabe-se que a predisposição genética desempenha um papel essencial. A raridade da doença pode fazer com que os sintomas sejam erradamente interpretados pelo pediatra, atrasando o diagnóstico e podendo colocar em risco a vida da criança.

Relações Genéticas

A miastenia congénita é uma doença que tem um tipo de herança autossómica recessiva. Isso significa que homens e mulheres são igualmente afetados e que duas cópias do gene, uma herdada de cada genitor, são necessárias para a formação da doença. 

Tratamento

O tratamento pode ser medicamentoso e/ou cirúrgico. O primeiro é  feito com fármacos que reduzem a ação da enzima que degrada a acetilcolina na placa motora, a colinesterase. Genericamente são denominados medicações anticolinesterase. A queda da degradação da acetilcolina faz com que esta atue por mais tempo, fazendo com que a transmissão neuromuscular seja mais fácil. Aproximadamente 50% dos pacientes podem ter remissão ou melhoras significativas quando realizado esse procedimento.

Doença de Graves


A doença de Graves, também conhecida por bócio difuso ou doença de Basedow-Graves, é uma doença auto-imune, o que significa que o sistema imunitário ataca as próprias células do organismo em vez de as proteger dos invasores estranhos, que leva a uma anomalia no funcionamento da tiroide, órgão importante do sistema endócrino que produz as hormonas tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que controlam o metabolismo do corpo. Esta doença caracteriza-se pela presença de hipertireoidismo, ou seja, a produção de hormonas da tiroide em excesso, bócio (aumento do volume da tiróide, causado pela falta do sal mineral), oftalmopatia e, em certas ocasiões, dermopatia infiltrativa ou mixedema pré-tibial.

Aproximadamente 60 a 80% dos casos de hipertireoidismo são resultantes da doença de Graves. Existe uma predisposição familiar, já que 15% dos portadores apresentam casos dessa doença na família, e 50% dos familiares possuem auto-anticorpos contra a tiroide. Pode aparecer em qualquer idade, porém costuma surgir dos 20 aos 40 anos de vida. A prevalência é semelhante entre indivíduos caucasianos e asiáticos, e menor em indivíduos negros.
A doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo. É causada por uma resposta anormal do sistema imunológico que leva a tireoide a produzir hormonas em excesso. A doença de Graves é mais comum em mulheres acima dos 20 anos. No entanto, a doença pode se manifestar em qualquer idade e atingir homens também.
Na doença de Graves, o sistema imunitário produz substâncias químicas, denominadas imunoglobulinas, que estimulam a tiroide a produzir quantidades excessivas de hormonas. Nesta doença os anticorpos irão ligar-se aos receptores de membrana do receptor de tiroitropina (TSH), deste modo há a ativação ininterrupta de secreção das hormonas tiroidianas, pois os anticorpos desempenham o papel da hormona estimulante TSH. Os anticorpos responsáveis pelo hipertiroidismo normalmente são produzidos devido à auto-imunidade contra a tiroide.


As manifestações clínicas estão divididas entre as comuns a qualquer forma de hipertiroidismo e nas que são específicas para a doença de Graves. Em relação ao hipertiroidismo são encontrados calor excessivo, aumento do ritmo intestinal, suor excessivo, nervosismo, perda de peso, taquicardia, inchaço dos dedos, pele húmida e dores musculares. De entre os sintomas que não estão relacionados com o excesso de hormona tiroidiana circulante estão:

•          Oftalmopatias: exoftalmia (olhos saltados), retração palpebral, olhos avermelhados, inchado ao redor dos olhos, sensação de olhos secos ou de pressão nos olhos e, em raras ocasiões, perda de visão e problemas na córnea;


•          Dermopatias: normalmente ocorre a nível pré-tibial ou dorso do pé, mas pode ocorrer em outras regiões. Normalmente as lesões são assintomáticas, todavia, podem ser pruriginosas e dolorosas.

No paciente que apresenta hipertireoidismo e bócio difuso, apenas os sinais de oftalmopatia e dermopatia são suficientes para a confirmação do diagnóstico. Exames laboratoriais também são utilizados no diagnóstico, pois evidenciam o aumento dos níveis de T4 e TSH na corrente sanguínea, bem como anticorpos contra a tiroide.

O tratamento irá variar de acordo com a fase da doença. Existem fármacos que auxiliam no controle sintomático do hipertiroidismo causado por essa doença, por meio do uso de ß-bloqueadores e na redução da síntese de hormonas tireoidianas por meio da administração de tionamidas, iodo radioativo ou cirurgia. Existem fármacos que também são utilizados nos casos de oftalmopatias, bem como cirurgias nos casos de estrabismo ou quando os músculos oculares se encontram muito inchados; pode também ser realizada uma cirurgia plástica para corrigir a exoftalmia.

Exames

O exame físico mostra uma frequência cardíaca acelerada. Um exame do pescoço pode revelar um aumento da glândula tireoide (bócio).

Outros exames incluem:
•          Exames de sangue para medir os níveis de TSH, T3 e T4 livre
•          Ingestão de iodo radioativo

Essa doença também pode afetar os resultados dos seguintes exames:
•          TC de órbitas ou ultrassonografia
•          Imunoglobulina estimulante da tireoide (TSI)
•          Anticorpos antiperoxidase tireoidiana (TPO)
•          Anticorpos antirreceptores de TSH

Sintomas de Doença de Graves
•          Ansiedade
•          Aumento da mama nos homens (possível)
•          Dificuldade de concentração
•          Visão dupla
•          Olhos saltados (exoftalmia)
•          Irritação ocular e lacrimação
•          Fadiga
•          Evacuações frequentes
•          Bócio (possível)
•          Intolerância ao calor
•          Aumento do apetite
•          Sudorese
•          Insônia
•          Alteração na menstruação nas mulheres
•          Fraqueza muscular
•          Nervosismo
•          Frequência cardíaca rápida ou acelerada (palpitações ou arritmia)
•          Inquietação e dificuldade para dormir
•          Falta de ar com o esforço
•          Tremores
•          Perda de peso (raramente, ganho de peso)


Causa

Os médicos não sabem ainda o que causa a doença de Graves, mas o facto de ter tendência a afectar várias pessoas da mesma família indica que esta pode ter uma componente genética (hereditária). É possível que a produção anormal de imunoglobulinas seja desencadeada por um factor desconhecido no meio ambiente e que o sistema imunitário não consiga interromper esta produção excessiva devido a um defeito hereditário.


Tratamento


O objetivo do tratamento é controlar a hiperatividade da glândula tiroide. Betabloqueadores, como propranolol, são geralmente usados para tratar sintomas como frequência cardíaca acelerada, sudorese e ansiedade até que o hipertireoidismo seja controlado. O hipertireoidismo é tratado com um ou mais dos seguintes medicamentos:

•          Medicamentos antitireoidianos
•          Iodo radioativo
•          Cirurgia

Caso a tiroide seja removida com cirurgia ou destruída por radiação, será preciso repor as hormonas com comprimidos pelo resto da vida.
Alguns dos problemas oculares relacionados à doença de Graves melhoram quando o hipertiroidismo é tratado com medicamentos, radiação ou cirurgia. O iodo radioativo pode, às vezes, piorar os problemas oculares. Os problemas oculares são piores em pessoas que fumam, mesmo após a cura do hipertiroidismo.
Às vezes, é preciso prednisona (um medicamento esteroide que inibe o sistema imunológico) para reduzir a irritação e o inchaço ocular.
Nas mulheres, os períodos menstruais podem tornar-se menos frequentes ou até desaparecer. Nas pessoas idosas, particularmente nas pessoas com doença cardíaca, a doença pode causar insuficiência cardíaca ou uma dor no peito relacionada com o coração, denominada angina.
Pode ser necessário tapar os olhos à noite para que não sequem. Óculos escuros e colírios podem ser necessários para reduzir a irritação. Raramente, cirurgia ou radioterapia (diferente de iodo radioativo) podem ser necessárias para que os olhos voltem à posição normal.

Notícias sobre Artrite Reumatóide



http://blogs.estadao.com.br/ciencia-diaria/gel-injetavel-podera-revolucionar-o-tratamento-localizado-de-artrite-reumatoide/

http://oglobo.globo.com/saude/cientistas-buscam-causa-da-ativacao-de-genes-relacionados-artrite-reumatoide-7353259

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